domingo, 19 de fevereiro de 2012

Paradigma: um conceito

Paradigma: dependência da teoria para observar o mundo
Paradigma (Thomas Kuhn) ele era físico e voltou-se para História das ciências. Criou um modelo explicativo para entende como as ciências evoluem. Ele cria a idéia de revolução científica que iria organizar as ciências dentro de uma linha de evolução.



Pré-ciência à Ciência normal à crise-revolução à nova ciência normal à nova crise.
Paradigmas são modelos de ciência aceitos!

Trabalha dentro de um campo de problemas pré-dado. Qualquer falta de explicação da ciência é considerado anomalia. Mas quando os problemas atingem graus mais sérios apresenta-se uma crise de explicação. A partir daí começa a crise.
EX. Euclides – Espaço e tempo. Tridimensional e infinito. Tempo escola linearmente e indistintamente. Newton (física) Kant (filosofia) (espaço e tempo pré-existentes, anteriores ao homem) construíram conhecimentos a partir dessas noções de geometria.
Século XIX. Construíram uma visão diferente de espaço. Geometrias não-euclidianas. Euclides pautou-se num plano, ou seja, curvatura igual a zero.
Espaço e tempo.... Jung! Sincronicidade...
Cálculos mostram que o universo é esférico.
Einstein falava que o espaço dependia corpos...
Newton à Einstein





Thomas Kuhn  à A Estrutura das Revoluções Científicas 1962 - físico e historiador da ciência.
(!) ênfase ao caráter revolucionário do progresso científico (se dá por saltos)
(revolução implica o abandono de uma estrutura teórica e sua substituição por outra, incompatível) ESQUEMA!
pré-ciência –(1)– ciência(2)normal – crise-revolução – nova ciência normal – nova crise


(1) Quando a comunidade científica atém-se a um único paradigma.
Um paradigma é composto de suposições teóricas gerais e de leis e técnicas para a sua aplicação adotadas por uma comunidade científica específica. (pressupostos que devem ser seguidos para que se seja considerado um saber científico)
PARADIGMA
a. por um lado, ele designa todo o conjunto de crenças, de valores reconhecidos e de técnicas que são comuns aos membros de um dado grupo;
b. por outro lado, designa um elemento isolado deste conjunto: as soluções concretas de enigmas que, utilizadas como modelos ou exemplos, podem substituir as regras explícitas enquanto base de soluções para os enigmas que subsistem. na ciência normal.
(2) Os cientistas normais articularão e desenvolverão o paradigma em sua tentativa de explicar e de acomodar o comportamento de alguns aspectos relevantes do mundo real tais como relevados através dos resultados de experiências. Ao fazê-lo experimentarão, inevitavelmente, dificuldades e encontrarão falsificações aparentes.
(3) Se dificuldades deste tipo fugirem ao controle, um estado de crise se manifestará.
(4) Uma crise é resolvida quando surge um paradigma inteiramente novo que atrai a adesão de um número crescente de cientistas até que eventualmente o paradigma original, problemático, é abandonado.
Ex. Geometria Euclidiana e Não-euclidiana
Física Newtoniana e Física de Einstein

(1) MARQUES NETO, Agostinho Ramalho. A ciência do Direito. Conceito, objeto e método. Rio de Janeiro: Forense, 1982. (pp. 79-89)

A geometria euclidiana considera o espaço e o tempo como realidades independentes e absolutas.
O espaço se caracteriza por ser contínuo, tridimensional, homogêneo e infinito.
O tempo se escoa linearmente: é o mesmo em toda a extensão do espaço.
EUCLIDES à NEWTON à KANT
“o espaço e o tempo por algo exterior ao homem, algo preexistente ao homem à estão imersas todas as cousas”.
SACCHIERI (1667-1733) à Séc. XIX à geometrias não euclidianas.
EUCLIDES à  um espaço plano = curvatura igual a zero.
"mais de uma paralela pode ser traçada através de um ponto fora da reta, ou nenhuma paralela pode ser traçada através daquele ponto".
Geometria hiperbólica LOBATSCHEWSKY (1793-1856).
Geometria elítica, elaborada por RIEMANN (1826-1866).
Como se processam, no espaço físico, as trajetórias das chamadas "linhas retas", representadas, por exemplo, pelos raios luminosos? Foi dentro deste contexto que EINSTEIN formulou suas teorias da relatividade. Ao contrário do que supõem a geometria euclidiana e a física newtoniana, o espaço, para EINSTEIN, não constitui aquela moldura estática e homogênea, preexistente e continente de toda matéria, dentro da qual ocorreriam os fenômenos. Os corpos geram, ao seu redor, um campo de forças, de natureza eminentemente eletromagnética, que EINSTEIN chamou de temor material. Nas proximidades dos corpos celestes, esse tensor encurva o espaço, e o encurva positivamente, dando-lhe características análogas às formuladas pela geometria elítica.
Observações astronômicas repetidamente feitas a partir da segunda década deste século têm demonstrado a curvatura do espaço, não estando, todavia, determinado com precisão se ela é sempre positiva, ou se pode apresentar-se negativamente, dentro do modelo da geometria hiperbólica. No que concerne ao tempo, a teoria da relatividade lhe nega o caráter absoluto e linear que lhe era atribuído. A natureza do tempo só pode ser compreendida dentro das particulares espécies de processos que se manifestam no Universo, ou seja, qualquer relação temporal entre acontecimentos não coincidentes deriva de alguma relação física existente entre esses acontecimentos.
"Não há espaço, nem tempo, nem movimento absolutos, como na velha física newtoniana; pelo contrário, tudo é relativo, em face da impossibilidade' de padrões absolutos de referência. Nem podemos tampouco cindir o espaço-tempo, desligando-o da matéria. O espaço é um continuum quadridimensional, em que o tempo representa a quarta dimensão de MINKOWSKI; o Universo, o complexo espaço-tempo-matéria".

No mundo social problemática do espaço e do tempo também tem sua lógica dependendo do paradigma. O direito então e os problemas sociais mais ainda....

Uma ciência madura é governada por um único paradigma.
1 - Problemas e respostas “solução de charadas” à A existência de um paradigma capaz de sustentar uma tradição de ciência normal é a característica que distingue a ciência da não-ciência.
2 - maneiras-padrão (métodos) à aplicação das leis fundamentais a uma variedade de tipos de situação.
3 - instrumentação e as técnicas instrumentais necessárias à as leis se apliquem ao mundo real
4 - recomendações metodológicas gerais à “Faça tentativas sérias para o seu paradigma corresponder à natureza”,
5 - fracasso em resolver um problema é visto como um fracasso do cientista e não como uma falta de adequação do paradigma (Quem não segue o paradigma é visto com olhos de rechaço...)
6 - Problemas à vistos mais como anomalias do que como falsificações de um paradigma.
cientista normal não deve ser crítico do paradigma em que trabalha.
Ciência é um jogo eu precisa ser jogado para resolver certos problemas. Exaurido o jogo procura-se outro novo que traga mais respostas.

- Cientista deixa de ser um cientista normal quando contesta a ciência... busca outro perspectiva...
- Condições especiais para uma anomalia à Uma anomalia à fundamentos comunidade não consegue retirá-la. Número de anomalias sérias à “acentuada insegurança profissional”
Novo paradigma – diferenciado e rival.
Revolução científica à abandono de um paradigma e adoção de um novo

Pensando a investigação científica ... Como entender esse conjunto de regras???