Neoliberalismo
Esse plano de aula foi utilizado no concurso para Adentrar no IFPR em 2012. Já se vão 3 anos de vida em Ifs. Mas é sempre bom divulgar coisas que ficam meio esquecidas e empoeiradas.
Neoliberalismo
Prof.
Ivan Furmann
Roteiro
de Aula
1.a.
Presentificação
(Música Eucalipto de Jads e Jadson)
1.b.
Problematização do tema
Como pensar um cultura de Eucalipto dentro da nossa realidade atual. Ela tem quais objetivos e qual finalidade?
Se preocupa mais com o lucro, meio ambiente, ser humano ou outra finalidade?
2.
Neoliberalismo contextualizado na globalização
Neoliberalismo
está contextualizado no processo de globalização e por ele se
justifica. Então vale a pena iniciar a análise pelo conceito de
globalização.
TRÊS
ABORDAGENS SOBRE A GLOBALIZAÇÃO
Para
Milton Santos deve-se imaginar o mundo a partir de três vieses. O
primeiro seria o mundo tal como o sistema faz as pessoas o
perceberem, uma globalização como fábula;
o segundo seria o mundo tal como ele é, portanto, um olhar
histórico-crítico;
e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma
outra globalização,
uma nova proposta de realidade. “Fala-se, por exemplo, em aldeia
global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias
realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento
das distâncias — para aqueles que realmente podem viajar —
também se difunde a noção de tempo e espaço contraídos.”
(p.18-9)
ORIGENS
Parece
desnecessário tentar encontrar remotos precedentes de interconexão
econômica de Estados e/ou culturas (afinal desde a antiguidade tal
fenômeno já existe), porém a intensificação das relações de
escala global é recente. Data de meados do século XX, período
pós-guerra, em especial devido ao incremento tecnológico (em
especial na área da comunicação).
Marco
histórico referenciado
O
processo de globalização intensificou-se com o Acordo de Bretton
Woods (1944), aonde as nações aliadas, ainda antes do final a
segunda guerra, estabeleceram regras para reconstrução dos Estados
capitalistas. Suas principais deliberações foram: a) acabar com a
inflação; b) privatizações; c) deixar o mercado livre = Estado
mínimo. (Cf. LIMA, 2002, p. 159).
CONCEITO
DE GLOBALIZAÇÃO:
Anthony
Giddens – Globalização
“a intensificação de relações sociais em escala mundial que
ligam localidades distantes de tal maneira, que acontecimentos locais
são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e
vice-versa”.
Globalização:
“uma crescente interconexão em vários níveis da vida cotidiana a
diversos lugares longínquos no mundo” (LIMA, Globalização
Econômica, Política e Direito, p. 125), ou, como expressa Anthony
Giddens, em conceito
alternativo, presente em seu texto Sociologia (artmed, 2008, p.61,
“processos de intensificação de relações e de interdependência
globais”. Daí o empenho
dos pesquisadores em desvendar “os nexos políticos, econômicos,
geoeconômicos, geopolíticos, culturais, religiosos, linguisticos,
étnicos, racionais e todos os que articulam e tencionam as
sociedades nacionais, em âmbito
internacional, regional, multinacional, transnacional ou mundial.”
(OCTAVIO IANNI, Teorias da globalização, p. 30).
TRANSFORMAÇÕES
HISTÓRICAS
A
globalização se apóia em 5 grandes transformações segundo Lizst
Vieira:
1.
sociedade informatizada e industria comunicação
2.
internacionalização do capitalismo financeiro
3.
emergência de novos países industriais (Tigres Asiáticos e China)
4.
Formação de blocos econômicos e a internacionalização do capital
pós-queda do socialismo real.
5.
influência cultural norte-americana
AS
CINCO DIMENSÕES DA GLOBALIZAÇÃO
Globalização
gera conseqüências em diversos âmbitos:
A)
Econômica
-
Predominância dos Conglomerados de empresas multinacionais. (maior
controle sobre a produção de bens) (Walmart – Fox – Brasil
Foods)
-
Padrões globais de consumo.
-
Formação de blocos econômicos
-
Política econômica que comanda os interesses públicos (acomodar o
mercado e os investimentos)
-
Privatizações, passagem dos ativos das empresas públicas para o
capital privado. Abertura a especulação internacional. Fragilidade
estatal em termos econômicos.
-
Ação corrosiva em termos sociais em países periféricos
(ultra-inclusão e auto-exclusão).
-
Abertura econômica, problemas derivados de transações
internacionais, novas realidades econômicas.
B)
Política
-
relativização dos conceitos relacionados ao Estados:
Soberania.
Nação
(nacionalismo) x sectarismo.
Centralização
do poder político nos lobbys econômicos.
Limitação
da ação política tradicional. Ampliação de novos interesses.
-
conflito entre tendências liberais e intervencionistas.
-
poder multifacetado e ação política ineficiente
C)
Social
-
surtos e doenças (AIDS, Gripe Aviária, Suína)
-
empobrecimento de países periféricos (desemprego) – Em especial
em períodos de queda de consumo (ondas de pobreza)
-
Urbanização sem planejamento
-
Segregação de minorias
D)
Ambiental
-
Industrialização descontrolada e expansão do mercado gerou o
desequilíbrio ambiental.
Aquecimento
global (emissão de gases)
Buraco
na Camada de Ozônio
Maior
freqüência de fenômenos de grande repercussão ambiental
(Furações, Tornados, Tsunamis, Enchentes, Queimadas)
Escassez
de água potável
-
Busca por fontes alternativas de energia
-
Investimentos em questões ambientais
-
Meio ambiente é uma questão global
E)
Cultural
Em
700 A.C. os gregos inventaram o alfabeto – transformaram os
símbolos antes escritos em uma linguagem alfabética – Comunicação
alfabética separa o mundo dos símbolos do mundo audiovisual – A
mudança nos meios de comunicação mudaram a forma de ver o mundo...
Hoje a mídia faz o caminho contrário. Um analfabeto e uma pessoa
alfabetizada poderão assistir a TV com um grau de compreensão
próximo.
3.
Neoliberalismo: conceito, características e atualidade
a)
Conceito
Teorias
que revitalizam os ideais liberais devido à crise do Estado de
Bem-estar social.
GURUS
DO NEOLIBERALISMO
Originário
de autores como Hayek, Friedman e Sorman.
Hayek
(1889-1992) - Pensador Austríaco que propunha a liberdade no plano
econômico, em especial após a segunda guerra mundial.
Milton
Friedman (1912-2006) – Americano, Membro e líder da escola de
Chicago – Defensor do Mercado Livre
Guy
Sorman (1944-) –Economista francês defensor do Estado mínimo de
das idéias liberais.
Contexto
das teorias neoliberais
Os
regimes neoliberais ganham força teórica na resposta à crise do
Welfare State no final da década de 70, em especial, com o fracasso
das economias intervencionistas. Para os neoliberais a tentativa do
homem de controlar o mercado acaba sendo desastrosa.
A
grande demanda capitalista do período era livvrar-se dos encargos
que diminuíam suas possibilidades de lucro através de impostos e
tarifas.
Primeira
premissa neoliberal é que a Economia de mercado seja livre, onde a
“longa manus”
do mercado possa agir.
Segundo
os neoliberais os destinos da humanidade seriam controlados por
regras econômicas, surgindo então o conceito de “mão invisível
do mercado”, a qual seria responsável pela condução do
desenvolvimento econômico, e, concomitantemente, político da
humanidade. Esse conceito é claramente expresso nas palavras daquele
que é considerado o fundador do movimento neoliberal, Friedrich A.
Hayek, segundo o qual:
“Foi
à submissão às forças impessoais do mercado que possibilitou o
progresso de uma civilização, que sem isso não teria se
desenvolvido” (HAYEK, 1987, p. 186).
Assim,
o mercado é visto como algo impessoal, distinto, portanto, das ações
humanas que o viabilizam. Essa concepção de mercado como algo
incompreensível e ao mesmo tempo responsável pelo desenvolvimento
histórico justifica a afirmação de que a economia e, portanto, a
própria história não podem ser planejadas.
É
desse primeiro pressuposto neoliberal que decorrem suas outras bases.
Assim, em uma realidade subjugada ao mercado é inevitável o
economicismo, ou seja, uma supervalorização do aspecto econômico
das relações humanas, como sendo o meio necessário à consecução
de todos os objetivos humanos. Nesse sentido, uma colocação de
Milton Friedman é bastante esclarecedora:
“(...)
a liberdade econômica é também um instrumento indispensável para
a obtenção da liberdade política” (FRIEDMAN, 1977, p. 17).
Assim,
para os neoliberais, política e economia são indissociáveis,
conforme o próprio Friedman explicita:
“(...)
existe uma relação íntima entre economia e política, que somente
determinadas combinações de organizações econômicas e políticas
são possíveis...” (FRIEDMAN, 1977, p. 17).
Dessa
visão de mercado como elemento responsável pelo desenvolvimento
histórico surge a concepção de um Estado que não interfira no
livre decorrer do jogo econômico, mas apenas regule as condições
em que ele deve se desenvolver, o que se mostra de forma bastante
explícita na afirmação de Guy Sorman, para o qual:
“...numa
economia livre, cabe naturalmente ao Estado definir a estrutura do
mercado e fazer respeitar suas regras” (SORMAN, 1988, p. 21).
Assim,
a idéia de Estado mínimo não se confunde com a de Estado fraco e
muito menos com sua extinção, na verdade restringe-se a área de
atuação do Estado, porém lhe são concedidos amplos poderes em sua
esfera específica. Essa idéia, bem como um caráter economicista,
está bem sintetizada na proposição de Friedman:
“Um
governo que mantenha a lei e a ordem; defina os direitos de
propriedade; sirva de meio para a modificação dos direitos de
propriedade e de outras regras do jogo econômico; julgue disputas
sobre a interpretação das regras; promova a competição; forneça
uma estrutura monetária, ; se envolva em atividades com relação ao
monopólio técnico e evite os efeitos laterais considerados como
suficientemente importantes para justificar a intervenção do
governo; suplente à caridade privada e à família na proteção do
irresponsável, quer se trate de um insano ou de um louco – um tal
governo teria, evidentemente, importantes funções a desempenhar. O
liberal consistente não é um anarquista.” (FRIEDMAN,1977,
p.51-2).
Da
perspectiva neoliberal de Estado decorre uma super valorização da
iniciativa privada, pois ao Estado cabe apenas definir a forma como
se devem travar as negociações econômicas, sendo que a
concretização das mesmas nas relações interprivadas cabe
exclusivamente aos indivíduos. Desse mesmo prisma surge o ataque o
welfare state,
que segundo os neoliberais seria conseqüência da mudança de
postura dos próprios liberais clássicos, que, após seu aparente
triunfo, na ânsia de solucionar problemas sociais, permitiram a
delegação de funções demasiadas ao Estado e, como conseqüência,
houve uma repressão dos aspectos econômicos, que se tornou um
obstáculo ao progresso humano. Essa constatação pode ser
fundamentada em duas afirmações de Hayek:
“(...)
o próprio sucesso do liberalismo tornou-se a causa de seu declínio”
(HAYEK, 1987, p. 44).
“A
impaciência crescente em face ao lento progresso da política
liberal, a justa irritação com aqueles que empregavam a fraseologia
liberal em defesa de privilégios anti-sociais, e a ilimitada ambição
aparentemente justificada pela melhoria material já conquistada
fizeram com que, ao aproximar-se o final do século, a crença nos
princípios básicos do liberalismo fosse aos poucos abandonada. Tudo
o que fora conquistado passou a ser considerado um bem estável,
indestrutível e definitivo.” (HAYEK, 1987, p. 44).
b)
Características
Tendo
em vista tais observações nas palavras dos próprios neoliberais,
pode-se sintetizar os postulados do neoliberalsmo da seguinte forma:
1.
a crença na existência de um mercado superior, incompreensível e
ativo no processo de evolução histórica,
2.
o economicismo, a economia e a história como incompatíveis com
planejamentos,
3.
a idéia de um Estado mínimo e forte,
4.
a valorização da iniciativa privada e o desprezo pelo Estado de
bem-estar social.
c)
Contexto latino Americano e Atualidade
O
Consenso de Washington (1989) foi outro encontro de diversas
instituições financeiras e economistas de cunho liberal para traçar
medidas que fossem cabíveis aos países Latino-americanos com os
fins de ajustá-los ao mercado internacional. Dez foram os pontos
colocados: a) disciplina fiscal; b) gastos públicos centralizados em
saúde, educação e infra-estrutura; c) reforma tributária; d)
liberalização financeira; e) competitividade da taxa de câmbio; f)
diminuição das alíquotas de importação; g) não restrição ao
capital externo; h) privatização; i) desregulação trabalhista; j)
propriedade intelectual. Para maiores esclarecimentos Vide NEGRÃO,
João José. Para conhecer o neoliberalismo. São Paulo: Publisher
Brasil,1998.
No
Brasil a redemocratização veio demarcada por interesses das elites
nacionais que sustentaram a política neoliberal como forma de
modernização do Brasil. No governo de Fernando Collor as primeiras
medidas neoliberais já podiam ser visualizadas, mas é nos mandatos
de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) que as práticas neoliberais
ganharam força, subsistindo mesmo no governo Lula e Dilma.
Hoje
ainda são utilizadas medidas neoliberais no âmbito governamental
REPORTAGEM
4.
Neoliberalismo e impacto no Direito
PELA
IDEOLOGIA NEOLIBERAL O PAPEL DO ESTADO MUDA E DO SEU DIREITO TAMBÉM,
POR ISSO ALGUNS PONTOS PODEM SER OBSERVADOS:
A)
ESFERA PÙBLICA
O
neoliberalismo prega a independência da força econômica, acima das
demandas políticas. Assim, como justificativa contra demandas
sociais prega-se a prevalência do Mercado e de um fim último
social. Enfraquecendo as possibilidades de demandas sociais.
“O
quadro é mais desolador quando nem mesmo a representação no
sentido fraco subsiste, pois as pessoas não têm a quem se queixar,
ou seja, reivindicar os seus direitos” (LIMA, 2002, p. 209).
QUEM
MANDA AFINAL? (Tira da Mafalda)
Nesse
sentido é possível visualizar:
a)
reforma da previdência
b)
flexibilização das leis trabalhistas
c)
presença de Agências reguladoras para atividades essenciais,
retirando a função econômica do Estado
d)
privatizações por meio de concessões e permissões
e)
diminuição dos encargos tributários
f)
(lei de) responsabilidade fiscal
B)
ESFERA PRIVADA
a)
desregulamentação das relações privadas (família, etc.)
b)
subjetivação do capital (empresas e honra)
c)
valorização do consumo em substituição a cidadania
d)
estímulo a resolução de conflitos extra-judiciais (arbitragem,
conciliação, etc.)
5.
Repensando as premissas neoliberais
Neoliberalismo
é um ‘capitalismo sem luvas’, mais agressivo e diretamente
voltado aos interesses de grandes grupos econômicos. É a
extrapolação dos interesses puramente individualistas e de empresas
que visam apenas o desenvolvimento instrumentalizado ao lucro, sem
referência ao desenvolvimento humano. (CHOMSKY, 2002)
Liberdade
apenas na esfera econômica?
Espaço
democrático perde-se para a imagem (Guy Debord – Sociedade do
Espetáculo).
“A
palavra não aparece na mídia norte-americana, mas é disso que se
trata: nacionalização.
Perante as falências ocorridas, anunciadas ou iminentes de
importantes bancos de investimento, das duas maiores sociedades
hipotecárias do país e da maior seguradora do mundo, o governo dos
EUA decidiu assumir o controle direto de uma parte importante do
sistema financeiro. (...) O que é novo na intervenção em curso é
a sua magnitude e o fato de ela ocorrer ao fim de trinta anos de
evangelização neoliberal conduzida com mão de ferro a nível
global pelos EUA e pelas instituições financeiras por eles
controladas, FMI e o Banco Mundial: mercados livres e, porque livres,
eficientes; privatizações; desregulamentação; Estado fora da
economia porque inerentemente corrupto e ineficiente; eliminação de
restrições à acumulação de riqueza e à correspondente produção
de miséria social. (...) o Estado deixou de ser o problema para
voltar a ser a solução; cada país tem o direito de fazer
prevalecer o que entende ser o interesse nacional contra os ditames
da globalização” (SANTOS, Boaventura, 2009).
SARKOZY
= LULA – Indistinções políticas e desilusão
“O
presidente Lula, largamente reconhecido como a liderança da esquerda
responsável, e o presidente francês Nicolas Sarkozy, tido como o
melhor representante da direita moderna, poderiam ter trocado os
discursos. Ambos denunciaram o excesso de liberalismo, o
individualismo, a ganância, a especulação, a falta de ética, o
cassino financeiro. Laissez
faire nunca mais, disse
Sarkozy, com Lula assinando embaixo.” (SARDENBERG, Neoliberal, não.
Liberal., p. 10).
BRICS
– O troco da imposição de políticas neoliberais
6.
Síntese integradora
-
Neoliberalismo foi a veste capitalista que prevaleceu a partir da
década de 80 e 90 através da fábula que a globalização era um
fenômeno puramente econômico e dependente da irrestrita liberdade
de mercado.
-
Os autores neoliberais não pregavam a ausência do Estado, mas a sua
retirada das atividades econômicas diretas. Sendo um agente
regulador da sociedade e garantidor do mercado.
-
No Direito as premissas liberais tem influenciado significativamente
a forma de regular a sociedade pelo direito, retirando o papel
diretivo do Estado
-
As crises financeiras recentes tem colocado em xeque postura
neoliberais ortodoxas.
DOCUMENTOS
ANEXOS
1.
EUCALIPTO
“Eucalipto
Jads
e Jadson
O
trem ta feio, o trem ta ruim pro meu lado
Ando
sem um tostão furado e a mulher quer me largar
Já
to pensando em ignora minha idade
E
entra até pra faculdade e começa a trabalhar
Um
jeito fácil de resolver meus problemas
Ganhar
na mega-sena e to cansado de jogar
Vou
dar um jeito procura uma solução
Pra
ganha seu coração e você eu conquistar
Eu
vou plantar uns eucalipto
Que
é pra ver se eu fico rico e você se apaixonar
Eu
vou faze um planejamento
Pensando
no investimento pra mais tarde nois casar (2x)
Fiquei
sabendo que demoram cinco anos
E
com esse tempo todo comecei desanima
Da
li a poco você já não vai ta mais nova
E
casar com mulher velha minha mãe não vai gostar
O
meu problema não vai ser os seus quarenta
Mais
vai se a mulherada querendo me agarrar
Quando
eu corta os eucalipto e percebe que fiquei rico
Essa
historia vai mudar
Vai
me subir a ambição
Vou
querer so mulherão e você eu vou largar (3x)
2.
Governo anuncia medidas de estímulo para o setor de construção
Do
UOL, em São Paulo
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira (4) o
corte de impostos trabalhistas para o setor de construção
civil, para reduzir os custos de funcionários. Medida
semelhante já tinha sido anunciada para outros
40 setores da economia.
A
intenção é evitar demissões ou incentivar contratações de mais
trabalhadores, e tentar combater os efeitos da crise econômica
global.
Com
essa medida, o governo deve deixar de arrecadar R$ 2,8 bilhões por
ano.
Mantega
ainda informou que haverá redução da alíquota do Regime Especial
de Tributação sobre o faturamento de 6% para 4% para o setor de
construção civil.
O
anúncio foi feito durante evento para comemorar a entrega 1
milhão de moradias do programa Minha Casa Minha Vida.
No
evento, o ministro ressaltou a importância da construção civil
para o Brasil. “[O setor é] responsável por quase metade do
investimento que nós fazemos no país. Portanto, estimular a
indústria de construção é estimular o investimento no país.”
Segundo
ele, o setor também é importante porque contribui para dois dos
maiores sonhos da população: ter uma casa própria e conseguir um
emprego.
Perda de fôlego
Após
crescer 15,2% em 2010, o setor imobiliário brasileiro iniciou um
processo de desaceleração em 2011 com as empresas reduzindo
lançamentos de novos projetos.
Diante
de fatores como redução de investimentos pelas empresas, menores
investimentos públicos em infraestrutura e morosidade na concessão
de licenciamentos imobiliários, o Produto Interno Bruto (PIB) da
construção civil cresceu 4,8% em 2011. Neste ano, o setor deve
avançar ao redor de 4%, segundo o Sindicato da Indústria da
Construção Civil no Estado de São Paulo (SindusCon-SP), que prevê
praticamente o mesmo patamar de crescimento para o setor em 2013, de
entre 3,5% e 4%.
O
nível de emprego na construção civil no país acumula crescimento
de 6,57% neste ano até outubro, quando o setor empregava 3,415
milhões de trabalhadores, mas apenas 859 mil com carteira assinada,
segundo dados do SindusCon-SP.
Medidas adicionais
Mantega
ressaltou que o crédito habitacional ofertado pela Caixa Econômica
Federal passou de R$ 4,3 bilhões em 2003 para R$ 80,1 bilhões em
2011, devendo atingir neste ano R$ 92,1 bilhões. Com esses novos
estímulos, o governo conta que a construção civil possa dar uma
contribuição maior para o crescimento, que mostra dificuldade em
deslanchar.
O
governo comunicou que adotará estímulos adicionais para reativar a
economia. Além dos incentivos apresentados nesta terça-feira para a
construção civil, o governo prepara a prorrogação do Programa de
Sustentação do Investimento (PSI) por mais um ano.
A
análise de novas medidas considera, ainda, a prorrogação do Regime
Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas
Exportadoras (Reintegra), que beneficia exportadores de produtos
manufaturados e com vigência até o fim deste mês.
MEDIDAS DO GOVERNO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
DESONERAÇÃO
DA FOLHA DE PAGAMENTOS: O
setor de construção civil deixará de pagar a contribuição
previdenciária de 20%, e passará a recolher 2% sobre o
faturamento.
|
Desoneração
para o setor: R$ 2,85 bilhões.
|
REGIME
ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO (RET): A
alíquota do RET foi reduzida de 6% para 4% sobre o faturamento.
Isso significa que houve redução nas alíquotas de IRPJ, CSLL e
PIS/Cofins.
|
Impacto
anual estimado: R$ 411 milhões.
|
AMPLIAÇÃO
DE VALOR DE IMÓVEL: O
governo elevou de R$ 85 mil para R$ 100 mil o valor de imóvel
residencial de interesse social dentro do programa Minha Casa,
Minha Vida, que tem alíquota do RET de 1% sobre o faturamento.
|
Impacto
anual estimado: R$ 97 milhões em 2013.
|
CAPITAL
DE GIRO - O
governo está disponibilizando financiamento mais barato através
da Caixa Econômica Federal. As beneficiadas são empresas de
construção com faturamento de até R$ 50 milhões anuais. O
prazo é de até 40 meses, com taxa de 0,94% ao mês para todos os
prazos e clientes.
|
Orçamento
disponível: R$ 2 bilhões.
|
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/12/04/governo-anuncia-medida-de-estimulo-para-setor-de-construcao.jhtm
3
TIRA MAFALDA
4.
BAUMANN – Capitalismo parasitário
“Sem
meias palavras, o capitalismo é um sistema parasitário. Como todos
os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que
encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento.
Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo
assim, cedo ou tarde, as condições de sua prosperidade ou mesmo de
sua sobrevivência. (...) A atual contração do crédito não é um
sinal do fim do capitalismo, mas apenas da exaustão de mais um
pasto. A busca de novas pastagens terá início imediatamente,
alimentada, como no passado, pelo Estado capitalista, por meio da
mobilização forçada de recursos públicos (usando os impostos, em
lugar do poder de sedução do mercado, agora abalado e
temporariamente fora de operação). Novas "terras virgens"
serão encontradas e novos esforços serão feitos para explorá-Ias,
por bem ou por mal, até o momento em que sua capacidade de engordar
os lucros dos acionistas e as gratificações dos dirigentes for
exaurida”.
BAUMANN,
Zygmunt. Capitalismo
Parasitário.
São Paulo: Jorge Zahar. P. 8-11